
1 DIFICULDADES EM SALA DE AULA
A Educação é entendida como um processo de extrema importância para a inserção do indivíduo na sociedade e o funcionamento desta, conduzindo para o dinamismo das relações humanas. Diante desta perspectiva, torna-se imprescindível pensar nos fatores recorrentes no ambiente destinado à Educação como um dos aspectos importantes no convívio dos atuantes deste espaço.
Ao considerar estes atuantes, professor e aluno, como personagens que se interagem no espaço destinado à Educação, a sala de aula, remete a uma reflexão sobre o histórico educacional que é marcado por conflitos e desgastes na relação aluno-professor.
Como foi considerado anteriormente, um dos pontos sérios que afeta a dinâmica destes atuantes é o desgaste no convívio entre aluno e professor. Sendo este um dos fatores, Groppa (1996, p.52) enfatiza os anseios do professor em tentar sistematizar o comportamento dos seus alunos, enquanto que seus alunos tentam regular as atitudes do seu professor, gerando, assim, esgotamento de uma relação em que a dialética entre as partes se desenvolve em bases solidificadas na necessidade de um dominar o outro ou no anseio de provar quem é mais forte.
A postura adotada por estes personagens, muitas vezes parte da visão que um tem do outro. Analisando as reflexões de Groppa (1996, p.53), percebe-se que o professor pode atribuir ao aluno alguma anomalia, hipoteticamente, para tentar justificar o comportamento indisciplinado. Em resposta, os alunos entendem que o professor é quem determina a dinâmica da sala de aula, ou seja, se for “bonzinho” os alunos ganham espaço para agirem indisciplinadamente, no entanto, estes demandam uma atitude mais enérgica da professora para garantir um bom funcionamento da sala de aula (GROPPA, 1996).
Diante desta consideração, nota-se que o aluno não está desenvolvendo uma maturidade que o faça refletir nas consequências de suas atitudes e a consciência de que o respeito pode partir de si mesmo, independente da postura coercitiva ou não da professora.
Embora haja esta relação em que se sobrepõe a necessidade de superação de forças um sobre o outro, nota-se que ambos apresentam uma fragilidade que pode ser muito bem explicada por Itani (1998, p.131): “As atitudes de intolerância que realizamos ou que podem ser notadas em nosso cotidiano são, nesse contexto, compreendidas como práticas de defesa contra nossa fragilidade diante do outro”. Ao refletir sobre esta afirmação, entende-se que não só o professor, mas também o aluno apresentam uma fragilidade que, instintivamente, tornam a relação em instrumento de agressões mútuas e desrespeitos não só nesta coexistência, mas como indivíduos, levando, assim, a um enfraquecimento no tocante à troca de experiências entre docentes e discentes. Estas experiências enfraquecidas culminarão em produções de novas experiências que levarão não só o aluno, mas também o professor, a serem indivíduos constantemente na defensiva, fragilizados emocionalmente e com valores deturpados pela relação não respeitosa.
Embora o movimento entre os atuantes em sala de aula esteja pautado em confrontos e tratamentos desrespeitosos como indivíduos, cabe lembrar que este perfil não é influenciado somente pela dinâmica em sala de aula. Ao refletir sobre as observações de Porto (2006, p. 15) não se sabe ao certo o que gera este produto final em sala, motivando a procura de um culpado para isso, sendo alternadamente apontada ora a criança, ora a família, ora uma determinada classe social, ora todo um sistema econômico, político e social.
Em vista do que coloca a autora, faz-se necessário ponderar, analiticamente, o quanto a estrutura familiar está se deteriorando, sendo ela um dos pilares de sustentação da sociedade. Pensando no enfraquecimento do papel da família, questiona-se quem assumirá as responsabilidades pertencentes a esta instituição e, diante desta realidade, a escola acaba assumindo o que cabia à família. Isso se explicita ao observar as atuais preocupações da escola em relação à criança como, saúde, alimentação e segurança e, diante de uma sobrecarga de preocupações, a escola tende a se perder em sua real intenção: a socialização do conhecimento, como coloca Porto (2006, p.26).
Ainda que ocorra na escola uma falta de interferência afetiva que vai além da situação de aprendizagem, como ressalta Porto (2006, p.18), o aluno é ainda alvo de outro fator que torna pertinente salientar, no tocante à fragilidade da estrutura familiar, é a falta de atenção às crianças em relação à afetividade entre pais e filhos, que é refletida na criança em necessitar de atenção dos adultos, implicando na indisciplinaridade e, concomitantemente, o professor é afetado ao ter que ministrar diversas tarefas e, muitas vezes não está preparado para assumir o papel de mãe, de pai, de médico, de psicólogo e até mesmo de advogado. Com isso, o professor torna-se frágil por não poder assumir tantos papéis e ainda não ter o apoio da direção da escola e até mesmo a compreensão dos pais de seus alunos.
Tendo em vista esta realidade, julga-se coerente o que se estabelece em sala de aula com o que se oferece para se fazer o ensino. Se as condições fossem favoráveis ao educador e ao educando, certamente as dificuldades em sala de aula seriam amenas, existentes, mas amenas.
A Educação é entendida como um processo de extrema importância para a inserção do indivíduo na sociedade e o funcionamento desta, conduzindo para o dinamismo das relações humanas. Diante desta perspectiva, torna-se imprescindível pensar nos fatores recorrentes no ambiente destinado à Educação como um dos aspectos importantes no convívio dos atuantes deste espaço.
Ao considerar estes atuantes, professor e aluno, como personagens que se interagem no espaço destinado à Educação, a sala de aula, remete a uma reflexão sobre o histórico educacional que é marcado por conflitos e desgastes na relação aluno-professor.
Como foi considerado anteriormente, um dos pontos sérios que afeta a dinâmica destes atuantes é o desgaste no convívio entre aluno e professor. Sendo este um dos fatores, Groppa (1996, p.52) enfatiza os anseios do professor em tentar sistematizar o comportamento dos seus alunos, enquanto que seus alunos tentam regular as atitudes do seu professor, gerando, assim, esgotamento de uma relação em que a dialética entre as partes se desenvolve em bases solidificadas na necessidade de um dominar o outro ou no anseio de provar quem é mais forte.
A postura adotada por estes personagens, muitas vezes parte da visão que um tem do outro. Analisando as reflexões de Groppa (1996, p.53), percebe-se que o professor pode atribuir ao aluno alguma anomalia, hipoteticamente, para tentar justificar o comportamento indisciplinado. Em resposta, os alunos entendem que o professor é quem determina a dinâmica da sala de aula, ou seja, se for “bonzinho” os alunos ganham espaço para agirem indisciplinadamente, no entanto, estes demandam uma atitude mais enérgica da professora para garantir um bom funcionamento da sala de aula (GROPPA, 1996).
Diante desta consideração, nota-se que o aluno não está desenvolvendo uma maturidade que o faça refletir nas consequências de suas atitudes e a consciência de que o respeito pode partir de si mesmo, independente da postura coercitiva ou não da professora.
Embora haja esta relação em que se sobrepõe a necessidade de superação de forças um sobre o outro, nota-se que ambos apresentam uma fragilidade que pode ser muito bem explicada por Itani (1998, p.131): “As atitudes de intolerância que realizamos ou que podem ser notadas em nosso cotidiano são, nesse contexto, compreendidas como práticas de defesa contra nossa fragilidade diante do outro”. Ao refletir sobre esta afirmação, entende-se que não só o professor, mas também o aluno apresentam uma fragilidade que, instintivamente, tornam a relação em instrumento de agressões mútuas e desrespeitos não só nesta coexistência, mas como indivíduos, levando, assim, a um enfraquecimento no tocante à troca de experiências entre docentes e discentes. Estas experiências enfraquecidas culminarão em produções de novas experiências que levarão não só o aluno, mas também o professor, a serem indivíduos constantemente na defensiva, fragilizados emocionalmente e com valores deturpados pela relação não respeitosa.
Embora o movimento entre os atuantes em sala de aula esteja pautado em confrontos e tratamentos desrespeitosos como indivíduos, cabe lembrar que este perfil não é influenciado somente pela dinâmica em sala de aula. Ao refletir sobre as observações de Porto (2006, p. 15) não se sabe ao certo o que gera este produto final em sala, motivando a procura de um culpado para isso, sendo alternadamente apontada ora a criança, ora a família, ora uma determinada classe social, ora todo um sistema econômico, político e social.
Em vista do que coloca a autora, faz-se necessário ponderar, analiticamente, o quanto a estrutura familiar está se deteriorando, sendo ela um dos pilares de sustentação da sociedade. Pensando no enfraquecimento do papel da família, questiona-se quem assumirá as responsabilidades pertencentes a esta instituição e, diante desta realidade, a escola acaba assumindo o que cabia à família. Isso se explicita ao observar as atuais preocupações da escola em relação à criança como, saúde, alimentação e segurança e, diante de uma sobrecarga de preocupações, a escola tende a se perder em sua real intenção: a socialização do conhecimento, como coloca Porto (2006, p.26).
Ainda que ocorra na escola uma falta de interferência afetiva que vai além da situação de aprendizagem, como ressalta Porto (2006, p.18), o aluno é ainda alvo de outro fator que torna pertinente salientar, no tocante à fragilidade da estrutura familiar, é a falta de atenção às crianças em relação à afetividade entre pais e filhos, que é refletida na criança em necessitar de atenção dos adultos, implicando na indisciplinaridade e, concomitantemente, o professor é afetado ao ter que ministrar diversas tarefas e, muitas vezes não está preparado para assumir o papel de mãe, de pai, de médico, de psicólogo e até mesmo de advogado. Com isso, o professor torna-se frágil por não poder assumir tantos papéis e ainda não ter o apoio da direção da escola e até mesmo a compreensão dos pais de seus alunos.
Tendo em vista esta realidade, julga-se coerente o que se estabelece em sala de aula com o que se oferece para se fazer o ensino. Se as condições fossem favoráveis ao educador e ao educando, certamente as dificuldades em sala de aula seriam amenas, existentes, mas amenas.

0 comentários:
Postar um comentário